Sou o verme, vivo acoplado a tua pele dita humana, sou o parasita que perfura os teus ossos e te faz sentir dores indizíveis, alimento-me de tua angústia e escravizo-te paulatinamente...
Disfarço-me quando for preciso, preciosa natureza humana, diferente dos livros e dos ratos, tem o gosto balsâmico, o cheiro de pecados...
Tenho plena liberdade no ócio das tumbas, adormeço entre as carnes pútridas e os sonhos desolados, conheço as palavras, eu as fiz nascer em tua boca nas horas precisas, precisa carne natureza humana...
Depois da queda o contra mão, a válvula de escape, o orgasmo.
Sou o verme, estou em teus braços, em teus traços, copulando com outros vermes, obstruindo as tuas veias, no meio de tuas rugas, sou o verme que sugou a tua juventude, contigo assisti a primeira e a ultima chuva e o golpe de fez desvanecer as pequenas margaridas...
Agonia, agonia em plenitude, inconsciência Freudiana, não creio que somos a condenação humana, paradoxalmente somos o início de tudo.
Janaina Cruz
Disfarço-me quando for preciso, preciosa natureza humana, diferente dos livros e dos ratos, tem o gosto balsâmico, o cheiro de pecados...
Tenho plena liberdade no ócio das tumbas, adormeço entre as carnes pútridas e os sonhos desolados, conheço as palavras, eu as fiz nascer em tua boca nas horas precisas, precisa carne natureza humana...
Depois da queda o contra mão, a válvula de escape, o orgasmo.
Sou o verme, estou em teus braços, em teus traços, copulando com outros vermes, obstruindo as tuas veias, no meio de tuas rugas, sou o verme que sugou a tua juventude, contigo assisti a primeira e a ultima chuva e o golpe de fez desvanecer as pequenas margaridas...
Agonia, agonia em plenitude, inconsciência Freudiana, não creio que somos a condenação humana, paradoxalmente somos o início de tudo.
Janaina Cruz
Poema recitado por Mauricio Andrade:
E seremos sempre o início a dar continuidade aos dias que temos que viver - como vermes ou como bichos já completos. Gostei, Jana. Muito contundente...
ResponderExcluirAbraços
Obrigada Malu, sua presença aqui no blog me deixa muito feliz!!!
ExcluirBem, penso que o fim de um ciclo representa o início de outro, portanto, nunca há verdadeiramente "fim", existem recomeços. parabéns, Jana.
ResponderExcluirGrata sempre por tua visita Carlos... As vezes o fim é só um sonho do cansaço da estrada...
ExcluirLindo, denso, forte! Adorei!
ResponderExcluirAdorável Ana, sempre me encanto com tua presença...
ExcluirForte...
ResponderExcluirSaudades de ti menina e de tuas cores aqui no pedaço!!!
ExcluirPoema forte e vibrante.
ResponderExcluirGostei muito, é excelente.
Janaina, minha querida amiga, tem um bom resto de semana.
Beijo.
Obrigada meu amigo, volte sempre aqui, e me faça feliz com seu comentário... :)
ExcluirOlá querida amiga!
ResponderExcluirSeus textos estão cada vez melhores, esse especificamente é muito forte, sombrio, cheio de imagens, muito bem escrito!
Grande abraço, sucesso e ótima semana!
Salve Evandro, poeta maior...
Excluiro verso como inicio e termo contorverso
ResponderExcluir"Sou o verme, estou em teus braços, em teus traços, copulando com outros vermes, obstruindo as tuas veias, no meio de tuas rugas, sou o verme que sugou a tua juventude, contigo assisti a primeira e a ultima chuva e o golpe de fez desvanecer as pequenas margaridas..."
poderoso e inquietante
Bjo.
Obrigada Filipe, os vermes vivem a inquietar-me a alma...
ExcluirUm texto muito profundo, muito arrepiante!!!
ResponderExcluirBj.
Irene Alves
Obrigada Irene <3
ExcluirVenho desejar-lhe um Feliz e Santo Natal.
ResponderExcluirMinha página do Facebook é Marques Irene.
Bj.
Irene Alves
Doce Irene...
ExcluirQuerida amiga.
ResponderExcluirMeu desejo para os que habitam
o meu coração,
é um mergulho no tempo,
onde cada dia,
é um dia de ano novo,
e cada sonho,
uma senha a ser descoberta,
nesta caminhada rumo a alegria.
Muito obrigado por sua amizade.
Que sejamos e façamos felizes a cada dia.
ALUÍSIO CAVALCANTE JR.
Salve professor, estarei espelhando-me em ti...
ExcluirOi Jana, saudades daqui :)
ResponderExcluirOlha eu de novo aqui mocinha... ;)
ExcluirOi Janaína! Há tempo que não a visito (início do ano letivo - drama!).
ResponderExcluirEspero que tudo esteja bem com vocês!
O niilismo se mesclando com o existencialismo desse poema é de uma profundidade desértica e plena. Perdi o fôlego!
Um abraço e tenha bons dias!
A faculdade anda me pondo louca Augusto, mas aprendi a driblar o tempo... rs
ExcluirOlá, querida Janaína
ResponderExcluirDeus quis dar ao homem primazia na criação... lindo isso!!!
Bjm fraterno
Obrigada minha : ), doces beijos pra ti...
ExcluirGrata mocinha :)
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