A música dos violinos
acalmava a alma dilacerada,
Havia uma pá de
destroços amontoados no Eu
O filho morto no
centro da sala, um cubículo cheio de vazios...
Os olhos vermelhos e
estranhos procuravam mirar o nada,
Qualquer gesto seria
esforço inútil.
A música disfarçava
os rituais de sepultamento e a dor que lhe pintava a cara.
Às vezes o silêncio
apetece ser quebrado e os limites das mãos alongam-se muito mais que os
abraços, muitos mais que a despedida de filhos mortos...
O caixão estreitava
ainda mais a sala, as cabeças se atreviam mirar pelos cantos da porta
escancarada, a luz do dia apresentava-se sonolenta, luminescência quebrada por
violinos que choram.
Janaina Cruz