quinta-feira, 20 de novembro de 2014

A moça do sonho


O cheiro do esmalte espalhou-se pelo dia nublado.
Apertou três parafusos antes de sair,
Pressentiu com fragilidade
O inefável.
Era cria da lua,
Tez pálida quase transparente
Onde via-se cruzar veios azuis de superfície.
Olhar displicente,
Quase sempre distante...
Naquele corpo tudo era hipnótico e sedutor.
Nas solidões inventadas,
Invertidas
Corria atrás de um tempo
Atemporal...
Tocava o vestido, achando-o justo de mais,
Acendia os lábios com mais cor.
Tão intensa!
Tão intacta!
O mundo existe por causa dela!


Janaina Cruz

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