sábado, 20 de outubro de 2012

É, meu rapaz



É, meu rapaz...
Aquela festa acabou depressa.
As suas roupas não servem mais.
A sua face que se encontra coberta,
Por suas rugas, por suas pressas;
Dando-lhe o caminho a seguir.

É, meu rapaz...
Esses dias que se passam sem pressa
Pois sua vida mudou de repente
E agora não é inocente,
Pois como todos, acompanhou a promessa
Não se importando com o que só lhe interessa
Encontro o que talvez vá perder.

É, meu rapaz...
Nossa idade se acumula a cada dia,
Um poeta que não sabe mostrar o seu ser.

É, meu rapaz...
Infelizmente acabou a festa,
E assim foi embora depressa
Nosso tempo que ainda dava p`ra viver.

Mailson Futado

Mailson Furtado é uma pessoa brilhante, um jovem de quem o Ceará se orgulha, acadêmico de odontologia pela UFC- Sobral, poeta, ator, diretor, compositor e dramaturgo.
Foi um dos consolidadores da implantação da arte dramática em sua cidade Varjota, criando a CIA teatral em 2006 que se mantem até hoje.
Foi recentemente selecionado num concurso de poesias internacionais [http://www.varjotahoje.com/portal/noticia.php?pg=noticia&id=4294]
O seu blog: Improvisos, ganhou pelo segundo ano consecutivo, como o melhor blog do Brasil.

Adquira o seu livro: Sortímento, poesias e poemas, valor de 25,00
Pelo e-mail: mailog10@hotmail.com
Ou pelo telefone: [88] 96282240

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Cisão



Ao redor dos lábios havia um veneno encantador, não matava, mas entorpecia.
Ela vivia ao redor dos bares, oferecendo beijos de whisky aos sonhadores, devorava seus silêncios, seus odores, e mastigava-os como chicletes, presos entre o
s dentes, descobriam o peso faminto da dor e da coragem de amar, a beleza que entra pelos olhos, pelos ouvidos e pelos poros.
Era um dia sulfuroso e ela sempre queria mais.
Ria, como a lâmina ri ao provocar a cisão.

Janaina Cruz

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Desesperança



Parca luz invadindo silêncios dessa casa solitária

Maldita como o sol invadindo através frestas
Pirilampos alienados bailam na escuridão de mãos cansadas
Fios singelos, gotas marginais.

Não há nada de novo nascendo nessa manhã
Muitos ainda hão de caminhar na corda bamba do destino
Outras crianças vão interrogar sobre o que há para comer nesse dia
As dores não passam quando a lua desaparece, e nem as preces que teimam em não terminar.
O amor é uma carta escondida, carcomida de um tempo que passou, não volta mais.


Janaina Cruz
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