
segunda-feira, 30 de abril de 2012
domingo, 29 de abril de 2012
Acerca- te de mim
Tua boca, teu sexo.
É noite
O véu negro amplia-se no céu
Uma lua acasalada de estrelas luminosas
Tecendo fios mágicos e sensuais
A brisa inebria a minha respiração
Com teu cheiro mulato
Que me laça, me seduz, me pondo no cio
Teus pelos fazem meu corpo arrepiar...
Meu homem absoluto,
Nada te amedronta no amor
Eu te invejo por isso
Os antigos amores são patrimônios de angústias infindas
Se é que foi mesmo amor, toda aquela frágil embalagem,
Todo o câncer que trouxe
Incisões inescrupulosas
Pedaços de órgãos que cismei não mais regenerar.
Senti medo do amor,
Senti nojo do amor,
Fugi
Fugi
Fugi
Todas as vezes que precisei fugir
Disse nãos na cara limpa
Protegi a mim,
Protegi as minhas feridas
Não prometi mais nada para ninguém
Certamente nada mais me afligiria
Meu egoismo maior
Minha coisa tísica.
Um cartaz perfurado pelo tempo
Com mensagens velhas de passarinhos e crianças
Talvez me apontando alguma esperança,
E os ratos rotos da rua passeavam por ali,
Desapareciam entre as pedras que as pessoas fingiam não ver.
Talvez eu estivesse tão perdida quanto aquelas pedras, anônimas da rua de cima...
As saídas eram incrédulas
As esquinas...
Ah, mas as esquinas me trouxeram você
E eu te traguei, eu te bebi
Rabisquei nas paredes o teu nome
O nome que destes a mim
No tremor de meus lábios pari a palavras AMOR
Tomei a em meus braços,
Apresentei a, a minha alegria
A lua cheia de desejos
Tu dono de todos os meus beijos,
Tua pela sob o comando de minhas unhas vermelhas
Tua liquidez,
Tu choves em mim,
E é assim que somos um,
É assim que quero que seja para sempre.
Jana Cruz
sexta-feira, 27 de abril de 2012
Meu tesouro
Meu amor, meu tesouro
Meu bem duradouro
Te desejo sempre assim
Pertinho, colado em mim
Nos meus dedos mil cores
Pra pintar novas flores
No nosso jardim
E uma poesia pra você,
Uma que não tenha fim
Pra que não possas te esquecer
Do quão ês valioso pra mim…
Jana Cruz
quinta-feira, 26 de abril de 2012
Os espelhos
Os espelhos estão quebrados, o heróis foram queimados, fiquei perdida a procura de rastros de um passado tão presente. Esqueci de ser gente, detestei a hipocriasia, virei palavras e versos, meu sangue é de poesia.
Jana Cruz
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Redenção
[ O passado] Só lembro da boca aberta, de onde nasciam as moscas varejeiras, num sorriso de mero embuste, as flores ensanguentadas que todos respiravam a distâncias, o lado de dentro doía, as lágrimas eram sépiais, veio o vento, nele um sopro de catarse em fim.
Os aquários vazios das salas azuis, bailarinas em subterfúgios, nas molduras dos retratos moravam cupins que comiam migalhas de vida.
Procurei a música de um vinil, gosto de ouvi-lo quando há ameaça de chuva, sento-me a janela, vislumbro o céu com cores indecifráveis. Avisto nas calçadas os carvalhos antigos, acompanhados pelas cobiças dos percevejos, os únicos que não os abandonaram.
Sou a vórtice voyer, experimentando sabores alheios, os absurdos e as aflições, sempre em silêncio, na distância de asas.
Escondo-me dos espelhos, desde que sumiram as minhas rugas, cada uma que desaparecia criava um novo rasgo na alma, rasgo por onde penetravam as estrelas e, faziam meu relógio funcionar em sentido anti horário, a cada dia rejuvenesço mais.
Jana Cruz
sexta-feira, 20 de abril de 2012
Tu és demais
Quanto mais te tenho, mais te quero
Em qualquer versão de ti que existir
Teus devaneios, sensualidades eu quero
Quero olhar seus olhos quando vier me seduzir
Quando beijares o meu pescoço
E eu te pedir pra repetir
O teu sorriso em alvoroço
Minha vontade de morar dentro de ti
Quanto teus dedos me descobriram
Só sei que quase morri
Beijastes vagarosamente os meus seios
E eu não te reprimi
Te convidei para um passeio
E comecei a te induzi
Tu sabes bem aonde gosto
Quero aqui, quero ali
Percebo a satisfação em teu rosto
Tua vontade de cumprir
Amo tudo o que fazes, amo tudo o que és
Amo quando depois de tudo terminado
Ainda beijas os meus pés.
Jana Cruz
quarta-feira, 18 de abril de 2012
Meu sim
Mesmo que tudo tivesse sem sabor ou sem graça,
eu lutaria por ti,
Podem chamar-me de tola, de fraca
Julgarem e apostarem no fim.
Já sou tão você, já tens tanto de mim...
Ao ensaiar bater a porta e tu sumires assim
Chamo logo teu nome
Digo que és o meu homem
E tu volta e sorri
Pondo teu olhar em meu olhar
Num incansável fitar
Diz que sem mim é ruim.
Tens tantos abraços e beijos
Tantos planos e desejos
Para ti digo sempre que sim!
Jana Cruz
sábado, 14 de abril de 2012
Um poema simples para um mendigo sentimental
Imagem encontrada no blog do Zé
Vagando pela rua, vendo casas alegres, mas nenhuma era a sua.
Um suspiro intercalado ao lembrar coisas de amor, seus lábios tremiam, aquilo trazia dor.
Implorava em oração:
-Por favor uma ilusão, qualquer coisa menos esse silencio, essa lua muda, essa noite muda, essas pálidas estrelas mudas...
Tudo gira ao seu redor, mas nada muda.
Lembrou de algum passado, de tudo que fez de errado, esqueceu de se esquecer...
E quando contemplava o sono de sua amada, o seu leito perfumado, os lençóis de girrassóis , ele ali calado
pensando em poesia, então saturou-se das imagens que trazia.
Agora era só agonia e solidão em demasiado, o coração apertou o peito, caiu na rua desmaiado.
Jana Cruz
terça-feira, 10 de abril de 2012
Porque tu se chama amor.
O amor não é cara nem metade, o amor é aquele namorinho no portão, aquele beijo cheio de gula, aquela mão entrelaçada em nossa mão.
O amor é aquele sentimento que nos faz fechar os olhos, contrariando toda a vida acontecendo ao nosso redor.
Sim, o amor é aquele nome que escorrega de nossa boca quando vamos dizer uma coisa qualquer, o amor é aquele passado futurista, é aquela música que nos acalma.
O amor sou eu, mas só se estiver junto de você.
Jana Cruz
Para meu marido, amigo, amante, cúmplice: Leandro Medeiros
Assinar:
Postagens (Atom)