
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
domingo, 18 de dezembro de 2011
Minha rosa cálida da meia noite
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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
A donzela e o diabo
sábado, 10 de dezembro de 2011
Um natal diferente
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
Marca no pescoço
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
O mulato

Amo a tua mulatês convidativa e, a disposição dos teus pelos macios, cheios de noite. Teus olhos, duas obras primas que desdormem a beleza do dia, duas águias conversando sobre teologia com Deus, admiráveis águias negras que me capturam e fazem de mim o que quiserem.
Carnudos e polêmicos lábios teus, asas onde voam meus desejos mais irracionais, neles é que verdadeiramente mato a minha sede, possuem um vinho feito para os deuses.
Língua em hélice meu mito fundamental, frisson diurno e noturno, feito pinceis de Brodovski a criar no céu de minha boca. Teus temperos e feitiços...
Ai, o teu peito debruçado sob um forte tórax, ágil e musculoso, meu travesseiro de devoções , tabuleiro perfeito para criações de inimagináveis poesias...
Quando nossos corpos estão despido, colados, a sensatez nos assiste de binóculos, há uma necessidade instintiva a nos deduzir escandalosos. E depois, no teu peito deitando harmonicamente a minha cabeça, hospedas-me em tua paz, acaricia o meus cabelos, enquanto divido contigo a minha poesia e minha religião.
Tua dança não me cansa e, sei que até te assusto, quando depois de tudo as minhas mãos tão curiosas ainda insistem em perder-se nas principais alamedas do teu corpo, corpo tão bem construído por Deus... Minhas mãos quase repousam inquietas e clandestinas no lugar que rapidamente está hirto. Não há demora, te esperneias, teu corpo latente reclama o teu.
E nos misturamos, a minha luz de leite e a tua mulatês de Esfinge que devora...
Em horas sãs
Horas e horas sãs...
Inserido sem freios em meu ventre, fazendo-me vislumbrar estrelas esferoides que passeiam anonimamente em meu prazer, teu prazer, em meus prazeres, em teus prazeres...
Explodimos fascinado pela perturbação interna, unindo nossas composições naturais, na vibração de um milagre, na tapeçaria de felicidade simples e concreta.
Janaina Cruz
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
O forjador de borboletas

Abandonou aquela antiga expressão de sonhador risonho e lírico.
Pintou no rosto uma boca triste.
Quem sabe assim não estaria agora livre?
Tantas vezes a canção da vida lhe feriu os tímpanos, os sorrisos, os sussurros, até mesmo o amor...
Queria apenas paz! Chegou a dizer isso aos seus amigos.
A paz transformada em borboletas de papel, azuis, vermelhas, amarelas, todas chegariam até o céu. Anelava -lhes entre os dedos, emprestava -lhes ao vento amigo, antigo... Tão antigo quanto os nomes e telefones.
terça-feira, 22 de novembro de 2011
As coisas quando somem

São engraçadas todas coisas quando somem
Um certo par de brinco que deixou o outro sozinho
O desconhecido que sorria sem ter nome
Aquela blusa branca e rosa de lacinho
Um disco antigo de vinil empoeirado
Um massageador que nunca usava importado
O documentário sobre o lixão do Marcos Prado
Um celular desmantelado, um caderninho enfeitado
As margaridas do jardim da minha tia
Aquele beijo que em sonho me pedias
O nervosismo, o manifesto a agonia...
A lembrança me sorria e, sorrir assim me entristecia...
Janaina Cruz
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Uma canção para Clara

Coloque estralas nas varinhas de condão
Perceba as folhas que dançam na ventania
São borboleta que quando cessa vão ao chão
Quando o peso do viver te magoar de imediato
E a alegria do presente
Se esconder em teu passado
Saiba que a vida pode ser bem mais contente
Quando o dia se sentar no pé da serra
E com um beijo acordar verdes campinas
A poesia colorir o que há na terra
Improvisando o invisível das esquinas
Abater silêncios que dormiam nas janela
E tudo isso é para ti minha menina...
Janaina Cruz
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Pétalas

As buzinas dos carros atrapalham a musicalidade dos passos dos transeuntes, mas o passeio não se torna desagradável, esqueci de pentear os meus cabelos, e ainda assim sinto-me erótica.
Há frases de revolta pelos muros da cidade, e uma balada de amor vazando de alguma janela.
Meu pensamento volta a alguns instantes atrás , no momento em que abria a porta de nossa casa, e vi corações por todos os lados, declarações de amor, derramadas pela mesa, pelas cadeiras, na luz dos teu olhos,em tua mão forte, delicadamente cruzada na minha... Senti tanta paz no calor de tuas mãos...
Como num passo de dança rodopiou-me, colocando-me de frente pra ti... Beijou-me, beijou-me com um beijo de tirar o fôlego, deitou-me em nossa cama cheia de pétalas... Pétalas que escolhestes tão cuidadosamente...
O cheiro de rosas vermelhas misturaram-se ao teu em meu corpo...
Agora levo-te comigo enquanto tenho que sair, e meu corpo ainda treme imaginando tuas mãos, teus movimentos, toda tua voracidade quase juvenil... Um sorriso escapa aos meus lábios e só agora percebo que todo meu passado foi levado embora, quem fui já nem sei mais, sinceramente já não me importo!!! Eu só quero ser tua, tua e de mais ninguém...
Janaina Cruz
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
A menina e a raposa

(Raposa) Doce menina o amor é uma sensação quente parecida com o fogo que aquece e espanta as trevas. Tão forte que tudo consome, tão frágil que uma lágrima é capaz de apagá-lo.
(Menina) Então foi isso! Ontem chorei, chorei como se fosse chuva, oscilei como se fosse vento, não consegui sentir o sol...
(Raposa) Pobre menina, agora hás de ficar mais esperta. O amor é também lenha, as vezes guarda brasas que as chuvas não conseguem enxergar. Não temas a escuridão, nada é completamente teu, nem essa escuridão que te faz tatear como um cego, nem esse amor que te consome, e tudo é teu no momento em que imaginas que estejam em tuas mãos. Enquanto dormes tanto o amor quanto a escuridão, tornam-se andarilhos, escorrendo pelo silêncio de tudo o que nunca dizes...
Então a menina corre, deixando para trás a raposa e suas fabulosas palavras, entregando as, conselhos e os olhos da raposa ao universo pagão.
Janaina Cruz
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Tomates verdes e carvão

Juntei todas as esperanças uma a uma, para jogá-las fora, todas perderam a validade.
Deito-me no frio chão que me acomoda como são acomodadas raizes de lírios ignóbeis.
Meus olhos despem-se da usura normal, a certeza tem deixado de ser pálida e mal acordada.
O entardecer da vida como o sol que se põem para nos despertar para a beleza das primeiras estrelas, o antes e o depois da fé.
Quando se descobre todos os significados já se faz tempo de partir
Janaina Cruz
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Guarda Chuva

As vezes olho para o tempo e advinho: Hoje acho que vai chover!
Ou tanto faz...
Esse frio que transpõem a minha janela é a saudade, esse sentimento que cresce e deixa meu mundo mais triste, e na boca um mau gosto.
Um juízo final vagaroso.
As cores parecem morrer...
Talvez sinta mendo, talvez só seja dor...
Esqueço a caneta sobre o papel, a minha mão sobre a caneta e o meu olhar sobre um retrato quase antigo.
Janaina Cruz
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
A idade da noite

O que ela espera de mim?
Sinto o vento brincando em meus cabelos e por dentro do meu vestido.
As luzes lá em baixo incendeiam a cidade que parece adormecida, esquecida que hoje é sexta-feira, dia em que a maioria das pessoas vestem-se de personagens e inventam felicidades passageiras, tão sensíveis quanto borboletas na chuva.
Uma gargalhada vinda não sei de onde preenche o ar e a memória, pois assim certa vez também sorri.
Um sorriso solto como folhas que caem de velhas árvores na praça, onde as cigarras cantam lindas canções de chuva e nimguém percebe.
A solidão divide espaço com o rapaz que tenta me beijar, noto que ele anda incomodado com a maquiagem em meus olhos e com a minha falta de fé na humanidade, cita Gande e Cristo, e eu me distraiu com as ultimas estrelas e com a idade da noite.
Janaina Cruz
sábado, 1 de outubro de 2011
Estou livre
Sinto-me leve! Tamborilam dentro de mim sons para que
Sinta-me livre . ..
Livre como um poema que se escreve sem razão, sem regras
O poema da alegria queima em mim querendo fazer o meu sorriso viajar
Eu já chorei mais forte que a chuva
Já trouxe nas roupas o cheiro de um outro alguém
Conversei longamente com as rosas
Gravei na retina fotografias que tanto olhava
Mas não fui cega, o amor esse cego guardião
De desejos e tristezas entregou-se a julgamentos
Julgamentos são matilhas que devoram a qualquer um...
Percebo a luz da lua salpicada de escuridão
Mas eu não sinto medo
Estou livre!
Não me importo se existam palavras ou silêncios
Estou livre!
Não me importo com o fio dos números dos dias
Estou livre...
E quando estiver distraída, quero amar novamente
Janaina Cruz
Amigos perdoem-me a ausência, estou morando em outra cidade e por lá não disponho de computador, por isso tem sido dificil retribuir todas as visitas, pode demorar, mas tenham certeza: Visitarei a todos!
Que Deus os abençoe.
sábado, 24 de setembro de 2011

Um pássaro, hoje sou eu assim, com a gaiola quebrada
Com asas cortadas, procurando a mão protetora para pousar
A liberdade a tanto tempo negada causa-me medo
O que aconteceria, se voasse por cima das árvores, ou se sentisse a adrenalina do vento por entre as minhas penas?
Seria loucura abraçar os raios solares?
É tenta imensidão de céu e tão inútil
A chamada liberdade é meu grito de suicídio
Vibrante ...
Atônito...
Meu canto metamorfose, horas triste, horas tudo
Dádiva de incêndios
O aço de tua prisão raivosamente açoitava-me
Embrenhava-te em minha carne
Em meus desejos em todos os meus beijos
E os beijos que te dei, não os dei a mais ninguém
Nem aos que me mandam cartas perfumadas
Essas horas absurdas, esses meses sem sentido
Toda a falta de sintonia e senso
Pouco importa-me a porta dessa gaiola aberta
Não aprendi mesmo a voar...
Maldição!
Maldição!
Eu pássaro , não aprendi a voar...
Janaina Cruz
domingo, 18 de setembro de 2011
JANAÍNA, UMA CANÇÃO E UM POEMA
O que devo fazer
Para ter-te aqui
Iluminando meus sonhos,
Moça de luz?
Os teus cabelos são negros,
Os teus olhos castanhos...
Tens um sorriso de estrela!
Diz-me até quando
Devo esperar-te...
Pois antes que desça
A noite sombria...
Quero de perto ser teu poeta,
Escrever-te uns versos que fale de amor,
Que fale dos deuses, do encanto da vida!...
Tu és tão menina
Que mesmo à distância
Tu me fascinas
Porque estás nos meus sonhos...
Meus sonhos noturnos
Nos meus sonhos poéticos...
E assim em silêncio, são teus sussurros
Que me acalentam à noite!
(Antonio Carlos Menezes)
é simples! feito com carinho!!!
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
domingo, 11 de setembro de 2011
Um olhar marginal

Nos sonhos amarras e nada de bom
Mão vazias, vontade de brumas
Tatuagem no braço
Caminhos perdidos
Mas não se achava nada estranho
Tentava contar folhas miúdas das árvores
Atravessava as ruas revendo antigas janelas
Sempre descalço, nada tinha para calçar
Dormira em tantas camas, as vezes nem cama lhe ofereciam
Dormia em qualquer lugar
Não, ele não estava perdido
Sabia seduzir certas mulheres
Fazia-se de filho, depois de amante
E desconhecido se fazia afinal
Suave, precário, era assim o seu destino
Um observador engendrando-se
Em desculpas marginais
Janaina Cruz
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Tempo perdido

O tempo morre sangrento na palma da mão, manuscrito e marcado por escolhas erradas, decadentes escolhas, capazes de nos fazer (in) voluir, expondo angústias e senssibilidades, ensinando nos como ser ridículas almas.
Se te contentas com falsas estrelas de latão, continuas e não te importes em ser-se comparado a um útero infértil.
Prefiro ser um ser errante, um ser louco, vadio, alucinado a procura de uma lua que sobeja e mora no olhar de um qualquer.
Janaina Cruz
Amigos, obrigada pelas orações, pelas palavras de carinho, afeto, pelas ligações, pelo amparo, pelos convites , pelas guaridas, logo estarei estabelecida e voltarei a blogar e a visitar a todos vocês, neste mesmo blog, não tenho porque mudar de lugar, o passado é um tempo que foi embora, não um fantasma a atormentar o meu presente.
Deus abençoe a todos
sábado, 3 de setembro de 2011

Estou precisando muito da atenção de todos vocês, a minha vida anda uma verdadeira roleta russa, cada dia que passa é um novo desafio, as vezes sinto-me triste, as vezes sinto-me só, mas é coisa de ser humano... Num outro momento surgem pessoas dando-me atenção e carinho,temo que tudo isso seja passageiro e, de repente veja-me só novamente, mas mesmo assim, acenderei minhas luzes de fé.
Meu filho do meio passou por uma cirurgia muito delicada, ainda está na UTI, infelizmente não posso ficar com ele, mas quando não me percebem, os médicos e enfermeiras fico pelos corredores e recepção, esperando sei lá o que... Quando não dá mais pra ficar por lá, fico perambulando e pensando mil coisas, então tive a ideia de um novo blog, e nada melhor que começar com uma de suas belíssimas criações.
http://ondemorameuspoemas.blogspot.com/
Conto com todos vocês visitando a minha nova casa
Obrigada
Que Deus abençoe a todos
Janaina Cruz
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Velha imagem

Desculpem-me amigos, desculpem-me
Perdoem-me toda ausência e silencio
As vezes o tempo nos impõe coisas assim
As vezes nos impõem desalento
As vezes nos entorpece
As vezes é só dor...
Tenho com vocês um elo inquebrável
Me farei presente seja como for
Acontece que esse momento
É tempo de deixar silenciosa a minha poesia.
Pelo menos por aqui
Sussurrei algo, e voltarei, não sei bem quando
Nem onde, nem o porque
O que sei é que vejo-me no espelho como uma fotografia gasta
A poesia me enganou, ou eu resolvi me enganar
O engano me trouxe chama e calma
Coisas que carrego entre os dentes
Estarei aberta, esperando o voltar da poesia
Janaina Cruz
( Um abraço a todos )
sexta-feira, 29 de julho de 2011
Um anjo vândalo

segunda-feira, 25 de julho de 2011
Meu pequeno grande admirador
