terça-feira, 25 de novembro de 2014

Silhueta



Arestas vermelhas
Em meio ao sol girando
Em teus cabelos.
A poesia a alimentar-lhe
A alma, esposa lírica da beleza.
O mar estende-se a teus pés,
Para saldar a poesia
Que ninas em tuas mãos,
Na guarda sublime de teus cuidados.
Se tu, tocas docemente a poesia,
Com tuas digitais de deusa,
Há de brilhar um sol em cada retina.
Abres a poesia como pétalas,
Como o vento a juntar

Palavras perdidas.

Janaina cruz

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

A moça do sonho


O cheiro do esmalte espalhou-se pelo dia nublado.
Apertou três parafusos antes de sair,
Pressentiu com fragilidade
O inefável.
Era cria da lua,
Tez pálida quase transparente
Onde via-se cruzar veios azuis de superfície.
Olhar displicente,
Quase sempre distante...
Naquele corpo tudo era hipnótico e sedutor.
Nas solidões inventadas,
Invertidas
Corria atrás de um tempo
Atemporal...
Tocava o vestido, achando-o justo de mais,
Acendia os lábios com mais cor.
Tão intensa!
Tão intacta!
O mundo existe por causa dela!


Janaina Cruz
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