quinta-feira, 21 de junho de 2012

Mais dia menos dia


Este poema é o título do meu primeiro livro: "Mais dia menos dia"
Escrevo desde os 12 anos de idade, já escrevi muito mais de mil poemas, hoje em dia alguns perderam a graça, outros perderam vida, alguns foram de tempos de armadilhas, só os verdadeiramente poemas tomara forma de livro, agradeço em especial a duas pessoas que tornaram o meu sonho possível: Meu marido lindo, Leandro Medeiros Santos e sua mãe, Marinilsa das Graças Medeiros Santos. Deus tem um capítulo especial em minha história, ele me presenteou com inspiração, a força para transformar acontecimentos de vida em poema.

Mais dia menos dia eu aprenderia a andar
Sem tropeçar em meus pés, ou nas vontades não saciadas
Saberia que mentir é só armadilha e que prender o controle é jogar-se em prisões.
Mais dia menos dia, eu iria provar das paixões, e por elas cometer pecados
Mais dia menos dia cairia de joelhos pedindo perdão a Deus, chorando e sofrendo.
Perderia tudo por nada, me irritaria com canção apaixonadas, poemas, conselhos, qualquer coisa de amor.
Mais dia menos dia, eu iria dar de cara com o mundo, e tantas escolhas aleatórias
Voaria que nem passarinho, quando consegue escapar de uma gaiola.
Mais dia menos dia, me veria longe de casa, sem eira nem beira, sem reconhecer as estradas
O mundo muda a cada segundo, os espelhos não nos mostram nada.
Mais dia menos dia, iria perder a coragem, iria correr assustada, no meio das minhas florestas sombrias, onde qualquer momento é uma fria madrugada.
Mais dia menos dia, ouviria uivo de lobos e com eles correria em volta das casas, me feriria numa batalha e seria abandona, sangrando, impotente em qualquer temporada.
Mais dia menos dia, surgiria quem cuidasse de mim, com carinho e amor e palavras ousadas
E me entregaria em fim, sem susto, engano,  ou coisa enrolada.
Mais dia menos dia aprenderia a contigo transpor qualquer enseada, mais dia menos dias formamos um só, com gosto com vida, de coisa  compartilhada.
Mais dia menos dia os filhos voltam pra casa.

Janaina Cruz

terça-feira, 12 de junho de 2012



Arte de [Brooke Shaden]

Deixastes teu olhar pousado sobre o móvel
A vertigem dos dias belos haviam embriagado a alma
Doce delírio, dias de musas, doce delírio dias de amor
Lençóis e corpos perfumados
Madrugadas de orvalho
Manhãs sem cor.
As musas passaram a habitar as estrelas
Agora conta varejeiras bailando no ar
E o amor? Aonde foi parar?
Estava na mão estendida
Estava no laço do abraço
   Estava no ultimo aviso, bem ali do teu lado

Jana Cruz

Poema de solidão para quem teve do seu lado um grande amor e não soube valorizar.
Ainda bem que sei cuidar do meu amor e também sou bem cuidada.
Abraços a todos e um feliz dia dos namorados.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

A bailarina

(Imagem encontrada na internet) 

Quantas vezes sentei num canto escuro e esperei a vida chegar, mas a vida de verdade, cheia de verbos e ações, cheia de poesia, mas só chegaram protótipos de vida embustes tão falidos, imitações insinceras de triunfos, um homem sem cabeça e outro sem braços, um trabalho cocho e um dinheiro furado, nas armadilhas seguia desempenhando o meu papel, aquele da bailarina feliz da caixinha de música.
Até a chegada daquela flor morena, aquela que o cheiro encanta insetos e animais, e mitifica os homens, simplesmente hipnotizante, e incrível, pois depois de ti, tudo é mito, fadiga e fracasso...
Que esse parapeito onde estás galvanizada minha flor morena te livre das atrozes humanificações, para que não te ensinem a ter defeitos, cuida do meu coração e do teu para que a vida não se torne um inútil passar de horas no escuro. 

Jana Cruz
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